sexta-feira, 29 de maio de 2009
quinta-feira, 28 de maio de 2009
terça-feira, 26 de maio de 2009
A moça do pano.

Quando eu crescer, quero abrir uma loja de tecidos. Pra fazer patchwork de tudo o que me acontece. Pra misturar tecido floral com tecido lisinho, pra colocar um pedacinho de xadrez ao lado de uma tirinha de pois. Pra esticar bem e aconchegar muita gente sob o tecido macio. Pra costurar momentos bons e aplicar umas fitinhas de cetim sobre eles. E proteger. Queria abrir uma loja de tecidos pra passar o dia todo olhando do que o mundo pode ser feito, pode ser coberto e o que pode ser costurado pra tornar as coisas mais suaves e coloridas. Almas tristes de amigos cobertas com tecido, caixas de madeira maciça cobertas com tecido, plantas com vasos com laços de tecido, escovas de dente com cabos em tecido, copos de liquidificador com tecido aplicado, lenços desenhados para que o sofrimento não pese tanto nos olhos. Tecido pra cobrir as coisas, pra esconder as formas e amaciar as quinas. Ainda quero abrir uma loja de tecido. Para presentear todos que eu amo com pedaços de pano bonito. Pano pra guardar, enfeitar, criar, esconder e exibir. Pano de chão, de pia, pano enfeitado pra qualquer coisa. Quero muito tecido por perto. Quero cobrir o que ainda não resta, esconder sob um pano desbotado o que não deve ser visto. Espelhar-me nas pequenas flores perdidas no meio de mais outras pequenas flores para tornar a cor mais marcante. Quero costurar, amarrar pedaços, juntar trapos de coisas que já foram metros indispensáveis. Flores em alto relevo, renda aplicada, peça enfeitada. Tecidos novos, velhos, metros evidentes, cobertores de dores e sabores. Tudo ali, no quartinho dos fundos da loja de tecidos. Quando eu crescer, vou-me encontrar ali. Aparentemente bem, evidentemente feliz, enrolada em um pedaço de coisa ou pano que me faça bem.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Ensolarado, sempre
Vídeo bacaninha mostrando lugar próximo ao pólo terrestre onde o sol nunca se põe. Enjoy.
terça-feira, 19 de maio de 2009
Live long enough to find the right-one
Vídeo das antigas criado pela TBWA de Paris para um festival de filmes sobre AIDS. Para ver e ouvir em bom som.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Revelações na Castelo Branco (por Roberta Egute)
"Dormi duas ou três horas e acordei com a cútis linda."
“Faz sinal de fumaça para eu te interpretar nas nuvens.”
“Quero todo mundo me comentando.”
E por fim:
“Quem precisa de Alpha (FM) se a gente tem a Beta”
Beta, adoro ter um cliente em Alphaville ;)
Beijos da Gabi
“Faz sinal de fumaça para eu te interpretar nas nuvens.”
“Quero todo mundo me comentando.”
E por fim:
“Quem precisa de Alpha (FM) se a gente tem a Beta”
Beta, adoro ter um cliente em Alphaville ;)
Beijos da Gabi
Eu me pertenço.
Pertencer. Não pertencer é mais que um ezinho cortado. É algo lascivo, cruel, amargo, difícil. Pertencer a algo ou alguém é carregar sobre os ombros uma mochila de responsabilidade alheia, pensamentos obrigatoriamente semelhantes, culturas similares, fala, voz, sorriso, sopro, músicas para cantar. Pertencer não se faz. Pertencer a lugares. Prender-se com rigor e formalidade a fotografias. Pertencer a um espaço seu, alheio, comum e coletivo. Pertencer ao dedo de quem manda. Pertencer a quem não conhece mais. Pertencer a um ar que não se aguenta mais respirar. Ser refém da própria memória é pertencer. Tentar, ignorar e esquecer também. Pertencer a pensamentos, acariciar choros. Pertencer de uma forma vazia, limpa, mas pertencer. Identificar-se no solitário de não pertencer. Sufocar-se no exagero de muito pertencer. Pertencer é suavizar as dúvidas oferecendo-lhes uma xícara de amor com crise existencialista. Amor de seres, de querer pertencer e pertencer algo. Uma lágrima. Que seja o algo. Um sorriso, umas lembranças, uma caixa de madeira. Quero sempre pertencer. Para não sofrer tanto, para ajudar a guardar nome, cheiro e certezas próprias a serem sempre lembradas. Pertencer a um mundo que não imagina nada por você é um padecimento tardio, seco, mas com instinto de sobrevivência. E faz bem. Pertencer é voltar no tempo, na linha da largada, onde tudo começou. E ser bem recebido. Ter colo, ombro e um metro quadrado de tecido por ser conhecido. Ultrapassar a gentileza. É não precisar dela nem de flores para preencher espaços. Pertencer é ser completo de alguma forma. Vida, lugar, tempo. É estar preso na liberdade pessoal. E ali flanam: da janela vejo meu gigante pertencer pela rua, acompanhado da minha identidade, de mãos dadas com a minha consciência.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Not an artist !
Nem todo mundo nasce para ser artista. Alguns acabam mesmo na propaganda. :)
Wooork from Soon in Tokyo on Vimeo.
terça-feira, 5 de maio de 2009
h.eyj.ude
.foi assim durante o dia tinha um telão avisando o horário da gravação e lógico todo mundo apareceu! isso foi a semana passada aqui na terra da rainha/trafalgar square sensacional!
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Assinar:
Comentários (Atom)