Queria ter juntado um centavo de Real para cada certeza que tive no último ano.
Se isso tivesse acontecido, eu certamente teria comprado com dinheiro limpo, a casa no Jardim Europa que pertence ao atual marido de Carolina Andrauss, um ex-senador botocado com patrimônio declarado de 500 milhões de dólares, acumulados nos dez anos em que se tornou sócio de multinacionais instaladas no paraíso fiscal da Zona Franca de Manaus, por ajudá-las a aprovar seus projetos em Brasília.
Quem sabe do que estou falando, contaria no mínimo umas oitocentas milhões de certezas.
Mas não se enganem caros leitores deste desconhecido blog. Se às tais oitocentas milhões de certezas, eu somasse também aquelas certezinhas óbvias do tipo: "ela se casou com ele por causa da grana", eu certamente levaria de quebra o jatinho que o tal ex-senador deu de presente à mulher que tanto o ama.
Não, certezinhas óbvias não contam. Quando eu me refiro às minhas certezas, estou falando das convicções que trago na alma. Estou falando daquele sentimento de cena de novela com a Fernanda Montenegro. Captou? Então, esse tipo.
Tive certeza absoluta que eu jamais voltaria a me casar, jamais teria um filho, jamais compraria outro Citroën C5. Só voltaria a ter um sócio se este fosse o meu pai, minha mãe ou uma de minhas irmãs. Dar cheques pré-datados, comer frituras ou arrumadinhos de peixes do mercado financeiro recheados de MBA, só na próxima encarnação.
Como consolo para as minhas firmes opiniões, o Citroën C5 e os tais arrumadinhos ainda permanecem na lista. Para as minhas ignorantes convicções, me sobra uma das mais desconhecidas leis de Murphy: só não muda de opinião quem não encontra uma melhor.
Cheers.
domingo, 15 de fevereiro de 2009
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